terça-feira, 24 de julho de 2007

Porcelana

Olá minhas crianças. *tirando as poeiras*
Eu sei que fique quase 2 semanas sem postar. Não estava com sacômetro, confesso mas, hoje estou inspirada para fazer uma Histórinha. Espero que gostem.

Porcelana.

Se chamava solidão. Esse era o nome da expressão do rosto dela. Era pálida e sem vida, como um defunto que jazia em seu tumulo. Não tinha brilho nos olhos, era fria e infeliz. Quantos se perguntavam porquê ela tinha ficado daquele jeito. E de boatos e cochichos, conseguiram as informações. Outrora, essa menina era cheia de vida, cheia de sonhos e esperanças. Sempre disposta a ajudar a todos, sempre com amor no coração. Infelizmente, ela nunca conseguiu realizar o sonho de ter um alguém só para ela. Até tentaram mas, o ultimo cavalheiro, acabou quebrando-a. Sim. Ela era como uma boneca de porcelana. Intocável, inquebrável, impecável, quase perfeita mas, acabou descobrindo da maneira mais cruel possível que ela não passava de um ser humano iludido com seu mundo ideal.

- Moça, por quê andas tão solitária todo dia?
Perguntou o guarda noturno.
- Porquê a solidão é a unica e sincera companheira.
O guarda calou-se. Depois de muito tempo, tornou a perguntar.
- Para quem são as flores que todo dia tu leva para o cemitério?
Suspirando fundo, ela olha nos olhos curiosos do guarda e responde calmamente:
- Lá estão os restos do meu Eu. Isso aqui, é apenas um corpo que anda em busca de algo em vão. Minha alma e meu verdadeiro corpo estão enterrados junto com meus sonhos e certezas. Eu não chamo isso aqui de viver e sim, de vegetar. Se me der licença, tenho que ir me visitar. Está na hora.

Ela sai deixando o guarda perplexo com a história.
Anos se passaram e, em uma bela segunda de inverno vem a notícia da morte da menina solitária. Todos se compadecem, fazem um enterro digno para ela mas, ninguém ao certo sabe a causa da morte. Mas, o guarda sabia pois, havia sido ele que tinha posto espinhos de rosas com veneno na cama da menina formando as palavras "Vá e una-se ao seu verdadeiro eu". Dizem que ela morreu sorrindo.
(Darkka (eu))

2 comentários:

Bacalhaus disse...

Grande Ireth, voltaste!

Tem alguma coisa no clima dos seus textos que me deixa querendo mais XD

Até mais
Beijão.

Anônimo disse...

Cara, deu um arrepio quando eu cheguei no fim do texto.... xD


:*
escreva sempre moça